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sábado, 11 de outubro de 2014

Dia das crianças e a paz - Celebrando 23 meses, de dias das crianças com ele.

Maria Montessori falou do conflito entre o adulto e a criança. Da guerra entre o cego e o vidente, falou do poder do "fraco". Nós somos os cegos e a criança é a vidente, que nos guia em direção à uma luz brilhante como presente. 


É direito legítimo que todos os dias, sejam dias das crianças, mas o calendário mostra que há uma data específica para comemora este dia. Um dia marcado em nossa sociedade, pelo consumismo e pelo excesso de presentes. Mas porque não presentear a criança todos os dias, com o ambiente preparado para suas necessidades, utensílios que caibam em suas pequenas mãos, uma pequena cadeira para sentar-se e calçar seus sapatos, uma escadinha para alcançar a pia e lavar suas mãos, uma pequena jarra com um copo para servir sua água. Presentear com empatia, amor, respeito e paciência.
Todos os dias deveriam ser dias das crianças e através do ambiente preparado, podemos oferecer esse presente diário aos nossos filhos. O presente de serem ativos no ambiente e trabalhadores alegres.

O conflito entre o adulto e a criança, começa com todos os obstáculos, que colocamos na vida delas todos os dias.
Este conflito começa no momento do nascimento, com as roupas desfavoráveis ao movimento, sua visão quando são colocados no berço. Um conflito que estende-se durante a vida da criança! Na cozinha onde tudo é muito alto, fora de seu alcance e tudo é proibido. Então por que não preprar um pequeno espaço, para seus pequenos untensílios? Um Lugar que seja seguro, para ela manipular seus materiais, em quanto o adulto trabalha. Assim ela pode aprender, através de nossas ações. Na sala ela não pode tocar em nada, pois os pertences são todos dos adultos. Então  ela também precisa de um espaço na sala, que seja para ela. Mas esse espaço deve mantê-la integrada à vida da família.

Esse conflito só termina quando aceitarmos, o direito legítimo da criança: Ambiente para ela, um ambiente que seja compatível a suas necessidades, com materiais feitos para suas pequenas mãos.

Esse é o melhor presente que estamos oferecendo ao nosso filho, o ambiente preparado, que respeita e apoia suas necessidades. Atmosfera empática, amável e respitosa em nossa casa.

O dia a dia da criança é marcado normalmente pela impaciência e pressa. Mas hoje talvez, porque é seu dia oficial no calendário, o adulto faz uma trégua. A sociedade faz um trégua, então elas são bem vindas nos lugares plúblicos e exclusivos dos adultos. E quem sabe podem até gritar, chorar ou talvez mexer nas coisas exclusivas do adulto. Mas salvo esse dia, elas não têm direito de mostra sua insatisfação em público, seus sentimentos quando choram em público, não são compreendidos, o adulto olha atravessado, acha a criança "malcriada". Acredita que ela deveria ser castigada, por fazer "pirraça" na rua, por não atender seus pais. Mas nesse momento há uma cessação temporária da hostilidade. E o mundo é simpático para ela!

Mas por que não fazer todos os dias especiais? Deixando a criança viver em um ambiente que ela possa dominar, de acordo com suas capacidades. Mas preferimos apressar a criança, para trabalhar em nosso ritmo, ao invés de exercitarmos a paciência. Esquecemos que a criança deseja experimentar algo sozinha e em seu ritmo, terminar uma tarefa sem a nossa ajuda. Mas elas raramente recebem uma chance, para mostrar toda suas capacidades.

Faz logo! Se apresse! Por que você não consegue fazer isso sozinha? Talvez ela saiba fazer todos essas coisas faz muito tempo, mas estamos tão perdidos em nossa cegueira comandando à criança, que não percebemos suas capacidades. Então não podemos apontar para essa criança no futuro e dizer: Por que você não consegue amarrar seus sapatos, passar manteiga em seu pão e vestir seu casaco sozinha? Essa resposta está dentro de nós e não na criança, pois somos os impedidores do seu desenvolvimento. Não somos capazes de reconhecer as habilidades da criança, pois não deixamos tempo e espaço, para elas se abrirem. A paciência e empatia do adulto são fatores importantes na vida delas. A criança pede por essas virtudes do adulto através da frase de Maria Montessori, a"juda-me a fazer sozinho".

Porém mesmo sem a juda do adulto a criança vai seguir seu instinto trabalhador, vai lutar, vai tentar aprender mesmo que seja sozinha. Mas se o adulto e o ambiente trabalham contra a força vital da criança, em algum momento ela vai resignar. Então sua força que são por natureza, direcionadas para o trabalho poderá  desviar-se. A criança precisa de tempo e com impaciência não vamos acelerar o seu crescimento, quando mais impedimentos colocamos no caminho delas, mas lento será o seu desenvolvimento. Nós interrompemos a atividade da criança constantemente, porque acreditamos que temos que ajudá-la ou acelerar sua forma de trabalho. A criança busca uma forma livre de trabalho, para desenvolver sua personalidade. Mas ela só estará livre, quando o adulto parar de limitar seu espaço.

Rever nossos pensamentos em relação a criança, é o primeiro passo para alcançarmos a paz. O requisito exigido para alcançarmos a paz, começa pelo respeito do adulto, em relação a criança. Devemos preparar o caminho da criança, apoiá-la, reconhecer seus direitos e garantir seu desenvolvimento espiritual. Esse é o caminho que vai nos levar a paz. Devemos oferecer o ambiente certo, abrindo o caminho para sua independêcia e seu desenvolvimento individual.


Um abraço apertado, o nosso sorisso reconhecendo seus esforços, consolo quando precisam ser consoladas, nossa empatia para entender seus sentimentos e nosso olhar observador para entender suas necessidade. São presentes que podem acompanhar nossas crianças, para o resto de suas vidas.

Hoje sou grata por estar celebramdo diáriamente durante (23 meses), o dia das crianças com meu filho. Grata por ter conheci Montessori, que abriu novos horizontes em minha vida, permitindo-me melhorar a cada dia como mãe e ajudar no desenvolvimento dele.






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